"Venda da Ponte"
12-02-2024

Numa esquina escura da cidade, lá estava o Sossa, conhecido por sua lábia e as suas artimanhas.
Ele estava tramando mais um golpe, e dessa vez era o famoso "golpe da venda da ponte".
Sossa aproximou-se de um sujeito desavisado que passava pela rua, com seu terno malandro e um sorriso cheio de segundas intenções.
— Ei, meu amigo! — chamou Sossa com a sua voz macia.
— Você já ouviu falar naquela ponte ali na esquina?É, hoje estou a vendê-la, uma pechincha!
O sujeito, desconfiado, olhou para a ponte, depois para Sossa, e soltou uma gargalhada.
— Você tá a brincar comigo?
Quem em sã consciência venderia uma ponte?
Sossa piscou com malícia e respondeu com um sorriso largo:
— Ah! meu amigo, quem vende uma ponte não sou eu, é a vida!
E você não quer ser dono de uma oportunidade única?
O sujeito, mesmo sabendo que era uma uma trapalhada, não pôde evitar sorrir diante da ousadia de Sossa.
— Você é um malandro, Sossa!
Mas não caio nessa.
Boa sorte com as suas vendas!
Sossa deu de ombros, despediu-se com um aceno e já pensava no próximo golpe.
A vida de malandro nunca tem fim.