“Com os bancos? Ria primeiro, chore depois.”

30-06-2025
Fui ao banco pedir um empréstimo, de forma pacífica, como quem só quer resolver um assunto sem dramas. Entro na sala do director, cumprimentos formais, e lá vem ele com a calculadora mental a bombar.

"Você tem 65 anos, certo? Então, daqui a 25 anos... bem, provavelmente já vai estar feito."

Espere lá, o senhor está a fazer contas à minha vida? Isto é um banco ou um escritório de previsões fúnebres?

Quase que respondo: "Olhe, meu senhor, se está tão interessado no meu futuro, podia era pagar-me umas sardinhas na brasa e umas garrafinhas de tinto, para eu chegar lá todo animado!"

Mas não, levantei-me, agradeci a atenção — com aquele sorriso de quem está a pensar "adeus e não voltes" — e saí. Porque, vejam bem, o meu futuro não está num gráfico ou numa planilha, está numa grelha quente com sardinhas a chiar, pimentos assados e um copo de vinho tinto, e mais agora em época de São João.

E para que fique claro: tenho cálculos para viver até aos 120 anos. Com direito a muita sardinha, muita festa e a um banco que só me faça contas honestas, não previsões de funeral.

Banco, cuidado — se quiserem continuar a contar com o Mingos, mais vale começarem a apostar nas sardinhas e menos nas mortes prematuras.


lembrar que, mesmo que não aconteça assim, devemos ser os diretores do nosso próprio filme.

 

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