"O Último Adeus"
10-02-2024
Havia uma vez um velho faroleiro que vivia solitário em seu farol, cercado apenas pelo oceano e pelas estrelas.
Sua vida era uma rotina tranquila, marcada pelo som das ondas quebrando contra as rochas e pelo farol que guiava os navios perdidos de volta para casa.
O faroleiro mal podia acreditar no que via.
Ele ergueu os braços para o céu e sussurrou seu adeus, deixando que as lágrimas se misturassem com a chuva salgada que caía do céu.
Naquela noite, o faroleiro adormeceu com um sorriso nos lábios, sabendo que, embora o oceano possa separar os amantes, o amor verdadeiro nunca se apaga, mas continua a brilhar como um farol na escuridão da noite.
Mas em seu coração, o faroleiro carregava uma dor silenciosa, uma ferida que nunca cicatrizava.
Havia perdido sua amada esposa para as profundezas do mar uns meses atrás, numa tempestade que varreu sua alma como as ondas que se chocavam contra as rochas abaixo.
Todas as noites, ele subia ao topo do farol e olhava para o horizonte, esperando ver o brilho reconfortante da lanterna de um navio distante.
Mas sempre era apenas a escuridão, uma escuridão que refletia a solidão que o consumia por dentro.
Então, em uma noite fria e estrelada, enquanto as ondas sussurravam segredos antigos e as gaivotas choravam suas lamentações, algo extraordinário aconteceu.
Uma luz suave surgiu no horizonte, dançando entre as estrelas como um raio de esperança num mar de desespero.
O faroleiro mal podia acreditar no que via.
Era como se sua amada estivesse retornando para ele, uma última vez, para dizer adeus.
Seu coração se encheu de uma mistura tumultuada de tristeza e alegria, de saudade e paz.
Ele ergueu os braços para o céu e sussurrou seu adeus, deixando que as lágrimas se misturassem com a chuva salgada que caía do céu.
E então, como uma estrela cadente que queima brilhante antes de desaparecer, a luz se dissipou, deixando para trás apenas a memória de um amor perdido e a promessa de um reencontro além do horizonte.
Naquela noite, o faroleiro adormeceu com um sorriso nos lábios, sabendo que, embora o oceano possa separar os amantes, o amor verdadeiro nunca se apaga, mas continua a brilhar como um farol na escuridão da noite.
Autor: Mingos