Os Mosqueteiros da Agulha
Elias, o sábio das pontas, que com mão firme e olhos atentos deu forma à ponta da primeira agulha de osso. Diziam que conseguia furar até as peles mais duras com um só gesto.
Melias, o mestre do meio, que alongou e alisou o corpo da agulha, garantindo que fosse resistente e flexível. Sem ele, a agulha quebraria ao primeiro esforço.
Melambes, o ousado, que teve a ideia mais arrojada de todas: fazer o buraco por onde passaria o fio. Alguns diziam que apenas ele conseguia furar o osso de forma tão perfeita que o fio deslizava suavemente.
Juntos, percorreram aldeias e florestas, ensinando outros a usar a agulha para criar roupas mais quentes e resistentes. A pequena invenção mudou a vida humana: finalmente, ninguém mais passaria frio cortante no inverno, e cada pele de animal podia ser aproveitada.
E o mundo nunca mais foi o mesmo — e até hoje, quando alguém olha para uma agulha, pode sorrir e lembrar-se desses três heróis pré-históricos.
E assim reza a história, quem fez a agulha?
Elias fez a ponta,
Melias fez o meio,
e Melambes o buraco.
Quem tem ponta e buraco nunca passa frio